Lembro que quando criança, em dezembro recebíamos visita de papai Noel. Diziam que ele vinha do Norte trazendo presentes especialmente para mim, com parentes e amigos vendo e assistindo este evento no quintal de casa.
Feliz estava, achando-me único e especial, lógico se ele estava em minha casa e nenhum lugar do mundo tinha alguém melhor do que eu, pensava.
Ele falou pra mim que eu merecia porque era obediente e que ganhava um presente por isso porque me amava, ao encostá-lo sentia seu abraço leve como algodão e cetim e sua barba de algodão e quase não entendia o que dizia, como surdo tive que contar com ajuda de tradução, estrangeiro e diferente o outro mundo era diferente da gente pensava.
Ao passar dos anos, percebi que natal funciona bem comercialmente, gastamos mais, ás vezes deixamos pessoas de fora, papai noel pode ser qualquer um, meu tio era um, meu vizinho era outro, meu pai não conhecia, mesmo sabendo que não era obediente, ganhava presentes mesmo assim.
Esmola demais o pobre desconfia e esse negócio de sentar no colo de estranhos? Como fui inocente.
Quando criança pensava mais nos presentes e se o papai noel vinha mesmo, obrigações durante o ano escolar ás vezes dependia do resultado favorecido pelos presentes, mas o real significado era mesmo a reunião familiar e percepção de que presente não era somente nessa data, o que eu não ligava muito.
Parentes e amigos são importantes, tempo para refletir nossas atitudes idem.
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